- Tive um sonho terrível, Yst, sonhei que um leão de enorme juba e com focinho feroz e vermelho acuava alguns pastores em uma velha ruína grega em meio a um deserto - estes, acuados, montaram armadilhas e com arcos e flechas começaram tensa vigília a medida que escureceu.
Samara olhou assustada uns arbustos que se mexeram nas proximidades de onde estavam, suspirou e prosseguiu com olhos estreitos, voz baixa e rouca - ainda suava um pouco do desesperado despertar. - De madrugada, um dos pastores acordou com um barulho estranho (como pudera adormecer naquela crise?) e percebeu que o leão devorara um amigo seu e misteriosamente só restara ele, do trio que o leão perseguira. Desesperado, atirou uma pedra no flanco do animal que rondava nas sombras e arbustos baixos fazendo o mesmo soltar um rugido ensurdecedor e uivar de dor. O pastor ficou em suspenso diante da fera.
Interessado, Yst, indagou:
- O que aconteceu depois nas ruínas?
Samara perturbada resmungou algo e depois com uma careta estranha respondeu:
- Não sei, Yst, pois nesta hora acordei - espero que o pastor tenha escapado.
Yst chutou uma pedrinha - que tal um poema do diário?
2 comentários:
Putz! Isso é um pesadelo dos bons. Imagine assistir um animal devorando alguém sem poder fazer nada.
A propósito, sua ilustração do leão ficou excelente.
Um abraço.
Pesadelo assustador diga-se de passagem! Obrigado pelo elogio, desenhar tem sido um esforço de minha parte! Elogios ajudam a prosseguir!
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