O nome Alice aparecera em alguns poemas e pensamentos anotados no Diário, mas os textos apareciam e desapareciam como se várias idéias lutassem para impor sua presença num espaço pequeno ou como se os mesmos aparecessem conforme o humor do livro.
“Números
abstratos,
coesos
somando
Dividindo
países
nações
povos
famílias
pessoas
números”
- Por que Alice escreveu isto, Yst?
- Não sei dizer Samie, talvez tédio de andar nesta estrada de terra batida, tédio das horas onde tem muito verde e poucas pessoas ou seres para ver ou conversar, ou algo que a inspirou no momento em casa ou outro lugar. Veja se há outro texto interessante - depois quero ler também. Ufa, longo é o caminho, mas parece que estamos indo à direção correta.
Samie sorriu e Yst acrescentou mais um belo sorriso a sua coleção, valia a pena, Elvis, como valia!
Samie folheou o diário e uma citação saltou de suas páginas em branco:
“Estranhas ideologias impregnam nossa mente com venenos adocicados”.
Guardou a citação para si, observou Yst e notou que ele observava algo numa clareira, cavalos, não, unicórnios! Nunca tinha visto antes estes seres de tão perto. “Magníficos!” pensou.
À distância pastavam os unicórnios e assim permaneceram por um tempo, logo após, trotaram e dispararam na mata.
- São unicórnios não são, Yst? Qualquer dia podemos brincar com eles?
Yst sorriu, nunca chegou mais próximos que isto dos cavalos chifrudos.
- Talvez você consiga até cavalgá-los, são assustadiços, mas acho que na presença do belo, podem ficar magnetizados.
Samie olhou intrigada para Yst. - Não entendi...
Yst chutou uma pedra ruborizando. – Quis dizer que você é uma pessoa que despertaria a curiosidade dos seres mágicos de Outerzone. Seu sorriso, seu jeito de falar, é isto. Veja! Um lago, vamos beber água, lavar o rosto, acho que ali tem uma macieira, está com fome?
E foram animados se refrescar sob o sol de Outerzone.
Sem comentários:
Enviar um comentário